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MÍDIA – EDUCAÇÃO NO CONTEXTO ESCOLAR


Uma experiência que vivenciei foi em 2007 quando fui Orientador Educacional na Escola Municipal de Ensino Fundamental Erich Blosfeld, quando realizei juntamente com a professora Roseméri Aparecida Farias Bonin Projetos de Aprendizagem com 24 alunos do 5º ano, número ideal de alunos para ser trabalhado no Ambiente de Tecnologia Educacional, sendo o site destes projetos:



Trabalhamos a Mídia para publicar as nossas produções, como relata o texto de Sílvio P. Costa, o uso da mídia na educação é uma nova fronteira que os profissionais da educação precisam desbravar, aqui não produzimos vídeos, mas os nossos alunos aprenderam a criar os pbwikis para postar as duas produções, nos utilizamos de várias imagens para desenvolver estes Projetos de Aprendizagem.
Nossa realidade é, em grande parte, definida e construída pela mídia. Segundo Graça Caldas no seu artigo "Mídia, escola e leitura crítica do mundo":
"Utilizar a mídia na escola é o primeiro passo para a leitura do mundo. Em contrapartida, é essencial que o exercício cotidiano no uso da mídia na sala de aula não se limite à leitura de jornais, revistas ou de veículos eletrônicos. Para ler o mundo a partir dos olhares dos outros, é fundamental que seus leitores aprendam antes ler o mundo em que vivem, por meio da construção de suas próprias narrativas. Só assim será possível a construção do conhecimento, a transformação do educando em sujeito de sua própria história. A aquisição do pensamento crítico é resultado da inserção e percepção direta do aluno como agente mobilizador na sua realidade". (CALDAS, 2001, p. 129, grifo nosso).



Ao trabalhar com Projetos de Aprendizagem, trabalhamos com uma proposta de trabalho utilizando o Ambiente de tecnologia Educacional, onde iniciamos na sala de aula levantando questões e temas, onde foram privilegiadas as questões de investigação que partiram dos interesses e necessidades dos alunos, buscando a autonomia dos mesmos no que se refere a aprendizagem. Trabalhar com Projetos de Aprendizagem temos que dar mais importância ao aprender do que ao ensinar.
Temos que ter claro que, neste processo, tem que haver um princípio de liberdade, dentro de uma estrutura flexível e em rede, que possibilita aos alunos construírem conhecimentos a partir das interações com professores, colegas e a sociedade de maneira geral.
Ao navegarem em busca de respostas para os seus questionamentos, percebemos que estas perguntas baseadas em suas curiosidade e as interações foram a tona, porque a cada descoberta, trocavam idéias entre si e ficavam surpresos com o que descobriam e encontravam, podemos dizer que foram horas que passaram rapidamente. Gostaríamos de dar continuidade, mas as horas passavam rapidamente e tínhamos que continuar em outras datas. Lembro que uma aluna fez uma pergunta, que foi muito importante, não temos um site para nos comunicar e trocar idéias? Esta colocação veio de encontro a proposta que está claro no primeiro Capítulo do livro Internet em Sala de aula: com a palavra os professores - .Magdalena, Beatriz e Costa, Iris. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
Observamos também que ao desenvolver os projetos houve um comprometimento individual de cada aluno para que o trabalho em equipe tivesse sucesso, de certa forma quando desenvolvemos Projetos de Aprendizagem na escola estamos fomentando um clima de união, compromisso e senso de equipe entre os alunos, desenvolvendo também a autonomia de aprendizagem deles.
Como também no momento encontramos dificuldades, veio também a nossa necessidade de descobrir como podemos fazer o wiki destes Projetos de Aprendizagem para que além dos muros da Escola pudéssemos dar continuidade a estas buscas, interagindo conforme a evidência desta afirmação.

COMO É FEITO O SORVETE

Também a professora Olga Fulk  desenvolveu um Projeto de Aprendizagem com a Dagmar Hemkemaier com seus alunos da 1ª série que foi muito interessante e que conheço: Como é feito o Sorvete? Na Internet pesquisaram o Sorvete, que é um verdadeiro fenômeno químico. 

Endereço: http://sorvete.pbworks.com/w/page/7987411/FrontPage

Sabemos que de acordo com o que estudamos, os alunos das primeiras séries do ensino fundamental, não aprendem conteúdos estritamente disciplinares, "científicos". Por isso, buscamos conteúdos, num recorte epistemológico, isto é, dentro do mundo físico em que vivem e brincam, que possam ser trabalhados e que os levem a construir os primeiros significados importantes do mundo científico, permitindo que novos conceitos possam ser adquiridos posteriormente, de uma forma mais sistematizada, mais próxima dos conceitos científicos.
Observamos que as crianças desde o levantamento das questões até ao desenvolver a pesquisa, constroem o conhecimento de maneira espontânea, sem se preocupar com o erro, são conceitos sobre o mundo que os cercam e esses conceitos em muitos casos chegam naturalmente a um estágio pré-científico com uma certa coerência interna.
Dentro desta proposta metodológica de desenvolver Projetos de Aprendizagem com os alunos não alfabetizados, embora com a dificuldade de operacionalizar a pesquisa por meio do computador via internet, ao fazerem os seus desenhos, houve comunicação, reflexão e argumentação entre eles e as interações não se deram exclusivamente entre alunos e professores, mas também com o seu meio físico, com a experiência e o conhecimento prévio que trazem consigo.
Percebemos o quanto é imprescindível na construção do conhecimento a interação dos alunos com seus iguais, porém, as horas com os alunos no Ambiente de Tecnologia foi muito cansativo tanto para os alunos, quanto para os professores e certamente constatamos que não é viável tanto tempo com os alunos das séries iniciais, podemos trabalhar no mínimo duas horas para manter a atenção deles.
Observamos que os alunos não tem muita paciência para a pesquisa, por não serem alfabetizados, daí surge a necessidade de formar grupos mesclados de alunos alfabetizados, semialfabetizados e não alfabetizados, pois uns interagem sobre os outros em forma de cooperação e o trabalho se torna mais produtivo.
Penso que a interação entre nós que coordenamos os trabalhos de aprendizagem dos alunos dentro do Ambiente Tecnológico é fundamental para a nossa aprendizagem e nosso crescimento profissional, pois só desta forma poderemos ser problematizador do conhecimento dos nossos alunos e ensiná-los a operacionalizar o computador.
Segundo Magdalena, p. 16 " O modelo sobre o qual essa proposta se assenta é o de aprender a aprender e não o de ensinar. É o de construir e não o de instruir".
Posso falar que foi uma experiência gratificante porque a professora Roseméri do 5° ano foi muito parceira e percebi isto também entre a professora Olga e Dagmar e de certa forma também fui parceiro de ambas.



Comentários

  1. Oi Antonio!

    Associar produção de mídias com a metodologia de aprendizagem só pode trazer bons resultados.
    Um abraço.

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