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COMO TRABALHAR NO ESPAÇO VIRTUAL

Segundo o livro de Beatriz Corso Magdalena e Íris Elisabeth Tempel Costa (págs. 54 a 56), para podermos trabalhar na escola dentro deste espaço, um dos nossos primeiros desafios é aceitar que os nossos alunos explorem este espaço virtual, reconhecendo que os alunos são capazes de aprender em condições que não somos capazes de controlar, que existem caminhos diferenciados para chegar a determinadas construções, que cada aluno tem curiosidades próprias e, acima de tudo, que são capazes de organizar informações.
Nesta perspectiva, podemos pretender que os nossos alunos “conheçam” a internet, sem interromper ou proibir traçados, podemos sim, acompanhar e orientar, mas não definir.
Navegar na Internet em busca de informações e selecioná-los nos diferentes endereços encontrados pode colocar nossos alunos diante de enormes desafios: manter o fio da meada ou perder-se nele; descobrir que existem temas relacionados, até então insuspeitados; deparar-se com enfoques divergentes ou com diferentes níveis de complexidade; decidir, dentre o material acessado, o que vale a pena ler de forma mais detida e o que não vale o esforço, que fragmento da leitura selecionar e guardar para o uso futuro, como organizar essa seleção para uso posterior.
O segundo desafio é reunir essas informações e produzir algo próprio, ser autor! Isso implica em, a partir do recolhido, fazer um esforço de compreensão do material lido, tentando compatibilizar e/ou harmonizar os fragmentos de textos ou informações selecionadas coordenando-as em um todo coerente e original. Seria o avançar para além do “copia-cola”. Que é a grande preocupação dos professores, seria o avançar para a autoria.
Sabemos que muitos, neste momento, devem estar pensando: Mas os meus só copiam e copiam! E como fazer? Como desafiar para que ultrapassem essa etapa inicial?
Esse processo acontece à medida que o desafiamos para o uso das possibilidades que o computador oferece: a liberdade de escolha de trajetórias na Internet, recorte de pedaços selecionados da cópia, agrupamentos de maneiras diferentes, acréscimo de palavras no meio de outras existentes, translado de porções para diferentes posições a fim de sentir o encadeamento do texto, acréscimo de imagens, sons, links para páginas de outros que desenvolvem temas em comum, etc. Aos poucos eles se dão conta de que o resultado obtido é muito mais interessante e, o que é principal, é muito mais deles.
Por exemplo: podemos escolher um livro da biblioteca para procurar responder esta pergunta que esta na atualidade: Existe a crise financeira internacional e qual a sua origem? Quais as repercussões da crise? Essa é a pior crise da atualidade? Será que encontraremos uma resposta plausível ou até mesmo encontraremos este assunto nos livros? Há alguma ordem na apresentação do material disponível? O material disponível está classificado?
Vamos procurar esta resposta na Internet, usando estes questionamentos selecionados, em um indexador como o Google ou o Altavista. Vamos entrar em contato com uma fonte enorme e variada de informações, e essa diversidade pode gerar novas questões que, geralmente não são passíveis de ser respondidas por livros de biblioteca. Mas podemos ir melhorando as respostas se tivermos criado com os alunos páginas na Internet.
Vamos descobrir que ela existe nos Estados Unidos e entre seus parceiros econômicos mais estreitos, como a Inglaterra, Japão, Alemanha e a forte dependência da China na exportação de seus produtos para os Estados Unidos.
Aqui no Brasil ela efetivamente existe nas empresas que possuem relacionamento profundo com o mercado americano. Não podemos ser reféns da mídia que propaga a queda dos empregos, das concessões de crédito e das dificuldades de algumas empresas exportadoras para os EUA como se o nosso País efetivamente já estivesse em crise. Não estamos. Ela acontece de forma isolada nas empresas. Os americanos são os pioneiros no marketing, existe sim uma crise maior que é a crise ambiental, social (aumento da pobreza) e a ética.
Portanto, é no mínimo falta de bom senso importar valores de um país e querer que o outro aceite e se comporte da mesma maneira. Se já as famílias são bem diferentes, imaginemos então o comportamento quando nos comparamos em tudo com outros países.
A redução dos custos: demissões e redução de salários é oportunismo dos Empresários, é só ler o Diário Catarinense do dia 28 e 29 e ver o lucro da WEG e da TUPY.
Isso posto precisamos saber entender as conseqüências dos comentários com os quais a mídia está nos bombardeando, utilizando massivamente a palavra crise.
Cabe a nós não nos limitarmos as fontes limitadas que temos na biblioteca, não nos permitirmos sermos ou nos tornarmos ultrapassados e arcaicos. Temos que treinar e nos aculturar a cada instante fazendo uso de todas as fontes, principalmente a Internet.

Comentários

  1. Nossa Antonio que blog mais legal, gostei de teus outros blogs também, já tinha navegado no sábado em outro blog que você criou, gostei de suas músicas e vídeos.
    Um abraço
    Margarete

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